Me perguntaram por
que não falei da Tam quando escrevi sobre passagens de avião pra cá. Bem, a Tam
é muito superior às empresas europeias. Pelo menos as que conheci. Atendimento,
comida, resolução de problemas. Só que é bem mais cara. No nosso caso, optamos
por uma que estava mais barata, mas conhecida, pra não arriscar. A Air France.
Mas é preciso cuidado. Você
compra uma passagem da Air France, por exemplo, mas ela passa trechos pra
outras empresas (da Turquia, da Índia, da Espanha, do Marrocos, etc.). Sem
avisar. Bem, as outras fazem isso também, mas as respostas a problemas são diferentes.
Não aconteceu conosco
(pelo menos na vinda), mas meu filho teve a mala perdida quando veio pra cá com
meu neto nos visitar. Ele também havia comprado a passagem da Air France, mas o
trecho final (Paris-Valência), ficou a cargo da AirEuropa. É uma empresa
espanhola, famosa por sumir com as malas. É só ver na internet. A empresa teria
que adiantar 100 euros ao meu filho, ainda no aeroporto, pra ele se virar até
supostamente encontrarem a mala. Não deram. Pediram 21 dias pra a encontrarem.
E ele e meu neto só com a roupa do corpo. Claro, não encontraram a mala. Sempre diziam
que estavam procurando. Um prejuízo danado. Havia até uma filmadora dentro.
Agora, só com advogado. E aqui o consumidor não consegue exercer seus direitos como
nós no Brasil. É um suplício conseguir alguma coisa. A Air France, que vendeu a
passagem e passou um trecho para a espanhola Air Europa, disse que não tem nada
com isso.
Se der, viajem pela
Tam. Sempre me deparei com comissários e atendentes sorridentes e gentis, bem
diferente da cara amarrada dos de muitas companhias estrangeiras.
Já tive mala
estragada em viagem pela Tam, dentro do Brasil. Reclamei no aeroporto, foram em
casa buscar a mala, consertaram e a devolveram. Esses dias aconteceu isso com
um passageiro da portuguesa TAP. Reclamou, os funcionários o mandaram entrar na
Justiça. Dez a zero pro Brasil.
E CUIDE DO QUE LEVA
Quanto a controle em
aeroporto, a França e Espanha são mais rigorosas do que Portugal e Brasil. Graças
a esse rigor, perdi um objeto de que gostava muito.
Quando viajo de moto,
uso minha mochila e carrego um canivete muito bom, que ganhei de presente. De
estimação. Viajei pra cá com a mochila, e esqueci de tirar o canivete.
Embarquei em Curitiba, depois em São Paulo, numa boa. Em Paris, me barraram. Eu
não sabia por quê. Chamaram um segurança, pediram pra eu abrir a mochila. O
canivete estava numa bolsinha externa. Pegaram e disseram que não poderia
viajar com aquilo. Ficou com o segurança. Se eu tivesse sido barrado em
Curitiba, poderia voltar e entregar pra minhas filhas, que estavam no
aeroporto. Nós temos combinado de que quem leva pro aeroporto espera até o parente viajante passar pela fiscalização da polícia federal.
Indo pra Portugal, a
revista na saída da Espanha foi muito rigorosa também. Tivemos que tirar tudo
dos bolsos, cinta, relógio, líquidos e objetos metálicos das malas. A mala é desmontada e montada de novo. Tem até uma mesa pra isso. Nessa,
perdi um pendrive. Na volta, em Portugal não foi preciso abrir mala, mochila, tirar cinta.
Pois é. Podemos perder
objetos que levamos indevidamente, ou nos perdem as malas. Ou os dois.